É com muita alegria que escrevo este pequeno artigo hoje! Afinal, independente de admitirem ou não que as orientações contidas na 1a. Obra brasileira sobre financiamento coletivo são pertinentes e úteis para seus negócios, diversos sites de crowdfunding no Brasil começaram a adotar medida simples,porem de alto impacto em suas operações, buscando diminuir os riscos operacionais e jurídicos desse novo segmento.
Essa constatação vem de minha constante participação em financiar diversos projetos, em diversas plataformas até mesmo como uma forma de acompanhar a evolução do mercado e das medidas que vem sendo consolidadas pelos empreendedores e usuários dos sites.
Vários portais ja fizeram alterações em seus Termos de Condições de Uso (TCU), deixando claro que os custos do meio de pagamento integram o valor do serviço prestado por eles, aos idealizadores de projetos.
Outos ja incluiram nos mesmos TCU que sao meros intermediadores e que não sao responsáveis pela execução ou não dos projetos. Outros ja incluiram ate que nenhum vinculo existe entre site e usuário, mas tão somente deste com o idealizador do projeto.
Alem disso, os sites começaram a criar algumas barreiras para tipos de projetos, restringindo campanhas muito abertas ou sem um mínimo d fundamentos de que o projeto realmente e existe.
Alguns ja se alinharam com os meios de pagamento eletrônicos para tentar deixar as políticas de reembolso mais rápidas, ou simplesmente deixarem para efetuar os débitos nos cartões dos doadores após a “ativação” do projeto.
Porem, em minha modesta opinião, um dos maiores avanços de alguns sites esta no envio, no momento da doação, de um “recibo provisório” ou “fatura temporária” para os financiadores. E nesses recibos, constam claramente o valor da contribuição, o CPF do doador e os dados do beneficiário (idealizador do projeto). Some-se a isso que deixam claro um alerta: de que sao intermediários da operação e que não sao responsáveis pelo projeto; alem disso indicam o email do idealizador do projeto para qualquer contato ou duvida.
Vejam que, de certa forma, todas as orientações que temos dado em nossas entrevistas, artigos, blog, no livro, nas redes sociais, vem sendo estruturadas, o que comprova que existe um consenso acerca da necessidade de se reduzirem os riscos de um negocio tão inovador como o crowdfunding.
O resultado mais importante e positivo, a meu ver, é o aumento da segurança para os financiadores/doadores em acessar e fomentar os projetos que estão nas plataformas. Afinal, segurança e credibilidade são os fatores principais para angariar trafego, doadores e bons projetos. Esse cuidado com o usuário demonstra a busca pelo mercado em valorizar quem vai sustentar o crescimento do segmento, o que é muito positivo.
A Receita Federal ainda não se manifestou claramente sobre o tema e, pelo visto, esta aguardando que o mercado se consolide um pouco mais para tentar manifestar seu entendimento. Enquanto isso, os empreendedores desse segmento estão ampliando suas plataformas e os números (e lucros!) desse segmento, só aumentam!
Enfim, fica feliz em saber que alguns dos nossos conselhos parecem ser bem úteis, se mostram viáveis e fazem parte de um senso inovador empresarial.